sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pierrot



Entre os braços entrelaçados, e as trocas embassadas, entre o ardor de um e outro, e não haver de nenhum dos outros, não existira sentimento algum ou talvez existira dentro de sua fagulha inexplicável.
De lua em lua e sol em sol, faz de mim tua Colombina e deixa-me ter a ti como Arlequim em trocas de Pierrô. Sejeis os dois num só por mim e a ti sustentarei esse fervor. Embora o que há em mim sustente por ti adentro Pierrô e Arlequim, e a ti Colombina, esta troca em ruína não farás diferença, para nossa infiel inocência por de trás de um festin.
Eis me aqui uma "commedia erudita", na qual meu coração palpita, saltita e se asfixia.
Venhas Pierrô ao se passar por Arlequim me atiças como colombina e a faça de mim.
Não sejeis cruel, não me denunciais a realidade. Deixe-me aqui a sentir esse sonho cruel em máscaras selvagens que me levam a ti.
Nem mesmo se explica essa perseguição andarilha, avessa aos costumes que me sustenta a ti.
E por fim,o que eu lhe peço apenas é que jamais apagues de minha sórdida memória, os desejos de Alequim, Pierrô e Colombina envolvidos em nosso tormento sem fim.
E só por mais uma vez faz de mim teu Pierrô e sejas por mim Colombina!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O segredo da vida...



...É a morte! Para saber como é a morte pergunte a quem já morreu.
O que você estava pensando enquanto aquele avião caia?
Quantos litros de água engoliu, até que...?
Qual foi a última coisa que viu, quando...?
Enquanto seu sangue escorria, por quem ...?
Enquanto escutava a sirene da quela ambulância, o que sentia?
Como foi? O que viu?
[...]